Mercado Municipal Kinjo Yamato
Abaixo assinado em prol da continuidade do
Mercado Municipal Kinjo Yamato
Parte
da história da imigração okinawana no Brasil, que inclusive leva o nome do
primeiro imigrante japonês a se formar em Odontologia no Brasil (Yamato Kinjo),
o Mercado Municipal Kinjo Yamato, “teve início no antigo “Mercado Caipira” ou
“25 de Março dos produtos hortifrutis”, como era chamado o local antes
instalado na Várzea do Parque Dom Pedro e que se tornou conhecido pela
comercialização de frutas, legumes e verduras provenientes dos campos onde
trabalhavam imigrantes japoneses. Como complemento de renda, esses imigrantes
traziam os produtos que sobravam da colheita para vendê-los no centro da
capital paulista de maneira informal”, conforme cita o site oficial do local.
Em 1922 o chamado Mercado Caipira mudou-se para o número 377 da Rua da
Cantareira. O novo local – que foi adquirido pela Prefeitura de São Paulo – até
então era utilizado pela Light (atual Eletropaulo), companhia que acomodava os
bondes (meio de transporte coletivo utilizado na época) numa espécie de
estacionamento. Ainda hoje as ruas de paralelepípedos são mantidas preservadas.
Originalmente a céu aberto, o mercado – que ocupa uma área construída de 4.550 metros
quadrados – recebeu em 1936 a doação de uma cobertura que veio da Escócia e
inicialmente seria usada na estação de trem que ficava no Anhangabaú. Mas foi
bem mais tarde, em 1988, quando da comemoração dos 80 anos de imigração
japonesa no Brasil, que o local foi batizado de Kinjo Yamato. O nome foi
escolhido para homenagear Yamato Kinjo, que foi um dos 325 imigrantes
okinawanos a chegar ao Brasil no navio Kasato Maru, em 1908, sendo o primeiro
imigrante japonês a se formar em Odontologia (a história deste imigrante pode
ser encontrada no blog www.okinawando.wordpress.com).
Local de encontro de vários uchinanchus, a história do local se confunde com a
própria história da imigração okinawana e japonesa no Brasil.
O Mercado Kinjo Yamato, que ao lado do Mercado Municipal Paulistano (Mercadão),
formam o Complexo Cantareira, que foram concedidos à iniciativa privada por 25
anos, em contrato assinado em abril deste ano; porém, segundo Walkyria Kiyomi
Ikeda, filha de Kiyotatsu Tamashiro, um dos antigos permissionários do Mercado
Kinjo Yamato, a Concessionária vencedora da licitação tem a intenção de cobrar
valor de mercado aos comerciantes locais, o que inviabiliza os negócios. Para
tanto, ela criou um abaixo-assinado, solicitando o registro do Mercado Yamato
Kinjo como bem imaterial para garantir a sua continuidade e proteção como
Patrimônio Vivo.
Baixe aqui o arquivo do abaixo-assinado
Também é possível assinar a petição online: